Desde o primeiro ano da faculdade eles olham um para o outro. Já lá vão três anos de olhares tímidos e sorrisos envergonhados. Olhares que dizem «quero-te» e «quero mais». Hoje, por fim, ele disse «quero mais» (sinuosamente mas disse, muito felino o rapaz!). Disse por meio de uma conversa suave, de um convite sedutor para uma bebida, de palavras envolventes com duplo sentido... disse pelo toque. Ela também diz «quero mais», mas é mais ponderada que ele. Ela teme envolver-se demais, entrar no jogo e depois não conseguir sair. Mas quer, tanto quanto ele, quer perder a noção do tempo, quer emoção, quer o coração acelerado e a respiração ofegante. Está entre a razão e o coração.
O que fazer quando a razão diz que não mas o coração luta no peito?
Não sei que rumo vão seguir, mas senti-me viva ao ver este encontro de duas pessoas. O amor, a paixão, a atracção tocam-me, mesmo que não sejam vividos na primeira pessoa. É a mesma sensação que experiencio quando leio um bom romance ou vejo bom um filme romântico. Comove-me, enfim. Que belo dia! E o que dizer dos olhinhos da
Vénus?! Nem que fosse só por isto, já valeu a pena ter saído de casa :)
Para além de muitoooo estudo, exames orais e afins, são estas pequenas pinceladas que colorem esta época mais cinzenta.